Responsáveis pelas comissões de direitos humanos da Câmara e do Senado vão pedir explicações à Secretaria de Saúde sobre as declarações de uma servidora do HRP (Hospital Regional de Planaltina), que revelou que o registro de atendimento do auxiliar de serviços gerais, Antônio Pereira, o Amarildo do DF, feito na rede pública de saúde, pode ter sido falsificado.
A ossada de Antônio foi encontrada a cerca de um quilômetro de distância da delegacia em que ele foi visto com vida pela última vez em Planaltina (DF), na madrugada do dia 27 de maio de 2013, quando teria tentado entrar na chácara de um policial. Laudo do IML (Instituto Médico Legal) revelou que ele teria morrido na época do desaparecimento. Mas a família descobriu o registro da entrada de Antônio no dia 7 de novembro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Núcleo Bandeirante (DF).
Em um vídeo, uma servidora do HRP, onde o registro foi identificado pela família, diz que acredita em fraude.
— Acho que alguém fez em outra regional para desviar o foco da situação. Eu não tenho dúvida disso. Achei muito estranho, a ficha dele era muito completa.
A declaração foi dada há dez dias, durante um encontro com representantes de entidades de defesa dos Direitos Humanos, que acompanham as investigações do caso.
As entidades vão encaminhar um pedido à Secretaria de Saúde para que identifique quem tentou se passar por Antônio. A deputada federal Érika Kokay (PT-DF) diz que o caso precisa ser investigado.
— Alguém fez uso de uma fraude para, seguramente, tentar demonstrar que o Antônio ainda estava vivo. Ou seja, ele deu entrada, ao que tudo indica, em uma unidade de saúde do DF, no período em que ele já estava morto.
A família de Antônio cobra explicações sobre o caso. Até agora, nenhum suspeito foi identificado. As investigações seguem em sigilo na Polícia Civil.
Assista ao vídeo:
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